Sistema Prisional mineiro agora conta com o Núcleo de Escolta Hospitalar

​Neste momento inicial, 36 agentes, divididos em equipes, estão lotados na unidade, sempre à disposição para assumir as escoltas hospitalares de presos recém-admitidos em unidades prisionais

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A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ganhou, nesta quinta-feira (20/7),  mais um reforço para o Sistema Prisional: o Núcleo de Escolta Hospitalar do Estado. O projeto do Governo de Minas Gerais foi possível graças aos esforços de agentes de segurança penitenciários da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap).

No local, agentes ficarão sempre à disposição para assumir as escoltas hospitalares de presos recém-admitidos em unidades prisionais, liberando, assim, policiais militares e civis para retornarem ao trabalho constitucional. A localização do Núcleo é estratégica. Ele fica ao lado do Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, no bairro Horto, na capital.

O secretário adjunto da Administração Prisional, Marcelo Costa, esteve presente na  solenidade de inauguração. Com um discurso encorajador, ele emocionou a todos ao destacar a força dos profissionais que mantêm a Seap.

“Eu tenho 18 anos de Sistema Prisional. Sou do tempo em que fazíamos a escolta de forma precária, em ônibus e até em Fusca. Minas Gerais, atualmente, é referência em assuntos penitenciários e deve isso às pessoas que conduzem esse lugar. O que nós estamos fazendo hoje é respeitar essa categoria, trazer dignidade às pessoas que seguram nos ombros o Sistema Prisional mineiro. A minha emoção aqui é de estar dando exemplo para o país, mas destacando que isso é fruto de muito trabalho de servidores anônimos”, apontou.

O Núcleo faz parte da Central Integrada de Escolta do Sistema Prisional (Ciesp). Segundo o coordenador-geral da Ciesp, Lúcio Antônio Silva, a criação do espaço se deu pela necessidade de ajudar as Polícias Civil e Militar.

“Agora, assim que formos comunicados, assumiremos a escolta de presos recém-matriculados no Sistema, liberando os policias para suas atividades habituais. Ficamos com os presos até ele receber alta e, depois, o levamos para uma unidade prisional”, afirmou.

Para Lúcio, o novo espaço mostra que o trabalho em conjunto é de suma importância. “É um projeto inovador, um progresso que fortalece o nosso compromisso e o do Estado de demonstrar a preocupação em ofertar um serviço de qualidade”, destacou.

Neste momento inicial, 36 agentes, divididos em equipes, estão lotados no Núcleo. A intenção é que esse número seja maior, para que o setor possa fazer até 10 escoltas hospitalares ao mesmo tempo.

O Núcleo conta com três salas, três banheiros, garagem e alojamento, além de ter uma viatura e equipamentos de segurança como: algemas, tonfas, bastões e outros. A reforma do local durou cerca de 30 dias e foi feita por três presos e dois agentes. O material usado na obra veio de doações de unidades prisionais da RMBH.


Veículo para o transporte dos detentos durante as escoltas hospitalares (Crédito: Carlos Alberto/Imprensa MG)



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