Governo de Minas Gerais lança a segunda etapa do Projeto reINTEGRA

Inicialmente foram selecionados 36 homens e 19 mulheres que receberam cursos de informática e auxiliar-administrativo

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Foi publicado nesta terça-feira (27/2) o edital de abertura de processo de seleção de candidatos ao apadrinhamento de pré-egressos do sistema prisional mineiro que irão trabalhar em órgãos e empresas públicas do Estado.

Fica assim instituída a segunda etapa do Projeto reINTEGRA, que tem como objetivo ofertar vagas de trabalho para pré-egressos do sistema prisional em áreas administrativas do serviço público. Implantado na Cidade Administrativa em 2017, a novidade é a ampliação do programa para as empresas públicas como Copasa, Cemig e MGS.

São atendidos pelo programa detentos que já cumprem a pena em regime semiaberto. Inicialmente foram selecionados 36 homens e 19 mulheres que receberam cursos de informática e auxiliar-administrativo ministrados numa parceria com a Utramig e Prodemge. Além das empresas públicas, eles irão atuar em todas as secretarias de Estado.

Os responsáveis pelos setores interessados em receber um pré-egresso devem preencher um formulário de solicitação onde deverá constar o perfil desejado (escolaridade e competências), as atividades que o pré-egresso irá desenvolver e o “padrinho” ou “madrinha” que irá recebe-lo e acompanha-lo. Os novos funcionários devem começar a trabalhar no início do mês de abril.

O secretário adjunto de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Biel Rocha, lembra que agora em abril, o reINTEGRA completa um ano, oferecendo oportunidade de trabalho administrativo para pessoas privadas de liberdade.

“Neste período homens e mulheres desempenharam um excelente papel para o serviço público na área de tecnologia da informação, almoxarifado, atendimento ao público, acompanhamento de convênios, entre outras atividades. Mas, mais importante do que isso é a possibilidade de reinserção ao convívio social, sem o estigma do cárcere”, afirma.

O objetivo é ampliar o projeto e atender cerca 200 pessoas, com a adesão de empresas como a Cemig, a Copasa e a Codemig, acolhendo as pessoas privadas de liberdade com tratamento digno e oportunidade de aprendizado.

Biel reforça que por meio do trabalho, do estudo, da cultura e do esporte existe uma maior possibilidade de reintegração familiar e social da pessoa presa, diminuindo consideravelmente o índice de reincidência.

“Já temos exemplos de pessoas que participaram do projeto, que cumpriram sua pena e em função da experiência adquirida na Cidade Administrativa conseguiram se reinserir no mercado do trabalho. Este é o papel do reINTEGRA”, finaliza.

Para o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, o projeto precisa de muito apoio institucional, pela sua complexidade. “É missão do Estado criar novas oportunidades para quem está sob sua tutela. Vamos expandir o reINTEGRA porque esse é um dos caminhos para corrigir uma omissão grave e histórica com os detentos no que diz respeito a sua reinserção social”, disse.

A coordenação do projeto Reintegra é das secretarias de Planejamento e Gestão, de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania e de Administração Prisional.



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