Cemig e Copasa se mobilizam para atender região afetada

Apesar do soterramento de casas e postes, a Cemig restabeleceu o fornecimento de energia para a maioria dos clientes das localidades de Paracatu e Pedras

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CEMIG

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), desde o primeiro momento, preparou uma operação de emergência, mobilizando todos os recursos disponíveis para atuar no local, em todas as frentes onde foi demandada.

Os técnicos e eletricistas da empresa continuam na linha de frente, tendo como principal objetivo amenizar as consequências causadas pelo rompimento da barragem, como a falta de energia causada pela avalanche de lama e a segurança da população e das equipes de resgate, que são ameaçadas por linhas de distribuição de eletricidade rompidas e eventualmente energizadas.

Para agilizar os trabalhos de religamento de energia, a Cemig rastreia, juntamente com os órgãos de resgate, a localização da rede elétrica e dos padrões de energia por meio de mapas da empresa, que funcionam como um guia para nortear os trabalhos.

Apesar do soterramento de casas e postes, a Cemig restabeleceu o fornecimento de energia para a maioria dos clientes das localidades de Paracatu e Pedras, atingidos pelo rompimento de barragens.

Em outros pontos (áreas urbana e rural), para a normalização do fornecimento, é necessária vistoria da Defesa Civil, já que algumas casas estão parcialmente destruídas pela lama e muito próximas às margens dos rios. (ainda sem previsão).

Ações emergenciais

As equipes de emergência da Cemig chegaram ao local do desastre momentos depois do rompimento da barragem e, desde então, trabalham continuamente, mesmo com todas as dificuldades que o local oferece, para a verificação dos danos.

Até o momento, a maior parte dos trabalhos da Cemig continua nesta linha de atuação, priorizando os desligamentos para proteger as pessoas no local – moradores e equipes de resgate – pois ainda é impossível executar serviços de reparo e reconstrução da rede nos locais alagados e ilhados pela lama.

Mariana e Barra Longa

Nestes municípios, a situação era mais complexa, com 147 clientes ainda sem energia, em função da destruição completa da rede elétrica que atendia suas residências. Para estes consumidores, a Cemig concluiu a construção de um novo circuito, já energizado. O fornecimento foi normalizado em 11 de novembro (quarta-feira).

Além disso, a Cemig montou uma base em Gesteira, no município de Barra Longa, para que um helicóptero da companhia possa dar apoio aos caminhões que irão trabalhar na região para recompor a rede elétrica soterrada pelo desastre ambiental.

Na localidade de Ponte do Gama, o fornecimento está totalmente regularizado. Em Bento Rodrigues, existem 191 clientes desligados na área urbana e 7 na área rural. Não há previsão de restabelecimento da energia na área urbana, por se tratar do local mais atingido pela avalanche de lama.

Usinas no Rio Doce

A Cemig, em conjunto com os consórcios responsáveis pela sua operação, monitora, em regime de plantão, 24h por dia, as três usinas hidrelétricas instaladas no Rio Doce – Aimorés, Baguari e Candonga.

Após a passagem dos rejeitos, Candonga recebe operações de limpeza do reservatório e das comportas. Neste momento, uma draga especial para limpeza de reservatórios emprestada da Usina Mascarenhas, da Escelsa, localizada no Espírito Santo, está na Usina Candonga para ajudar na recuperação do reservatório. O equipamento permite uma limpeza mais profunda, pois tem a característica de triturar sedimentos maiores.

As três usinas suspenderam a geração de energia e abriram os vertedouros após o desastre ambiental de Mariana, seguindo as determinações do ONS e ANA. Conduzidas pelo ONS, as operações de emergência foram realizadas logo após o rompimento das barragens de rejeitos para dar passagem à lama que descia pelo rio, evitando ainda a entrada de detritos nas turbinas hidrelétricas.

 

COPASA

Com a forte demanda local por água potável, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) se prontificou, nos primeiros dias, em enviar copos e caminhões-pipa para Mariana e distritos.

Ao todo, foram quase 51 mil copos disponibilizados e três caminhões-pipa direcionados (cada um com capacidade de 10 mil litros) para a população atingida e presente nos abrigos.
Situação nas cidades abastecidas pelo Rio Doce

A Copasa monitora sistematicamente a qualidade das águas do Rio Doce e paralisará os sistemas de abastecimento tão logo identifique qualquer alteração na água bruta que possa comprometer a qualidade da água tratada distribuída.

Governador Valadares
No momento, a Copasa monitora a situação do abastecimento e captação de água em Governador Valadares, na região do Rio Doce, também comprometida pelo avanço da lama da barragem que se concentrou na água do rio.

Como medida emergencial, a companhia interrompeu a captação para o abastecimento dos distritos Era Nova, em Alpercata, e Pedra Corrida, em Periquito, e da cidade de Alpercata.

A Copasa monitora a qualidade de água do Rio Doce e a previsão é de retomada gradativa do abastecimento nesses municípios assim que a turbidez diminuir para índices adequados para o tratamento.

O Serviço Autônomo de Abastecimento de Água e Esgoto de Governador Valadares utilizou 15 caminhões-pipa para o transporte de água proveniente das captações da Copasa nas cidades de Ipatinga e Frei Inocêncio para o abastecimento emergencial de escolas, creches, hospitais e postos de saúde.

A captação de água da Copasa em Ipatinga é realizada por meio de poços profundos e não foi atingida pela lama presente no Rio Doce. Em Frei Inocêncio, a captação da Copasa ocorre no Rio Suaçui Grande e também não sofreu impactos.

Naque e Tumiritinga
Em Naque, a captação para o abastecimento já voltou a ser feita no Rio Santo Antônio após a constatação da diminuição da turbidez no manancial. A qualidade da água tratada atende aos padrões da legislação.

Em Tumiritinga, a captação do Rio Doce foi interrompida e será utilizado poço profundo até o restabelecimento das condições adequadas para captação do Rio Doce.

Barra Longa                                                                       

Em Barra Longa o abastecimento foi normalizado na noite do dia 6 de novembro (sexta-feira) após a interrupção emergencial na manhã do mesmo dia em função da falta de energia elétrica na Estação de Tratamento de Água, provocada pelo acidente na barragem do distrito Bento Rodrigues, em Mariana. Não há comprometimento da qualidade da água tratada em Barra Longa e a mesma atende aos padrões da legislação.

Resplendor e Itueta

Em Resplendor e Itueta, a Copasa retomou, na noite de 9 de novembro (segunda-feira), a captação no Rio Doce, após o resultado da análise da água deste manancial estar dentro dos limites passíveis para tratamento nas unidades convencionais, já que a lama ainda não atingiu o ponto de captação.

 

 



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