Ações de Segurança em Mariana e região

Equipes continuam os trabalhos de busca nas comunidades de Mariana e Barra Longa

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DEFESA CIVIL

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec), em conjunto com os demais órgãos do Estado, coordena o Sistema de Comando de Operações, colegiado destinado a avaliar, propor e implementar os planos de ações.

Para tanto, tem como metodologia de gestão a ferramenta gerencial Sistema de Comando em Operações, por meio da qual coordena  todas as ações realizadas pelos demais órgãos (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros), que atuam em sinergia.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Policia Civil, Defesa Civil, Exército e Polícia Ambiental continuam os trabalhos de busca nas comunidades de Mariana e Barra Longa atingidas pelo rompimento da barragem do Fundão. Bombeiros fazem varreduras nas áreas atingidas, com apoio de cães treinados para a atividade. Um grupo especializado em soterramentos está concentrado nas buscas aos desaparecidos.

Ações na região atingida

- A Defesa Civil participou da identificação e destinação dos desabrigados, que foram acolhidos, inicialmente, pela prefeitura, na Arena Mariana, e posteriormente encaminhados a hotéis do município. Estão hospedadas nos hotéis de Mariana 631 pessoas de 183 famílias (dado atualizado em 11 de novembro).

- O órgão atuou como interlocutor para estabelecer canal de contato das prefeituras de Mariana, Barra Longa e Rio Doce com a empresa Samarco, com a finalidade de implementar ações de respostas;

- Organização de reunião envolvendo as famílias dos desaparecidos, contando ainda com a participação da Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiro Militar, Secretaria de Estado de Saúde, Defensoria Pública e Prefeitura Municipal de Mariana;

- A Defesa Civil destinou técnicos para orientar os Coordenadores Municipais de Proteção e Defesa Civil na confecção do Formulário de Informação de Desastre (FIDE), com a finalidade de agilizar o Decreto de Situação de Emergência e sua homologação;

- A Cedec também destinou um caminhão com ajuda humanitária (colchões, kits de higiene, kit limpeza, e cestas bascas) para ser distribuído aos desabrigados. Compete também ao órgão o transporte e distribuição das doações recolhidas pelo Clube Atlético Mineiro, Cruz Vermelha e Assembleia Legislativa de Minas Gerais;

- Em conjunto com a Copasa, foram estabelecidas prioridades e o envio de caminhões-pipa para utilização na limpeza urbana nos municípios de Barra Longa e Mariana;

- A Defesa Civil organizou a distribuição de água destinada aos animais para os municípios de Barra Longa e Rio Doce;

- Em conjunto com a Cemig, a Cedec ajudou a identificar e estabelecer prioridade para religar a energia elétrica;

- O órgão acionou o Ministério da Integração, que cedeu dois helicópteros para atuação em missões de busca e transporte de pessoas ilhadas;

- É responsável pela análise do Decreto de Situação de Emergência e também pelo envio do resultado ao Ministério da Integração para reconhecimento.

POLÍCIA MILITAR

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), desde o início das operações nos distritos de Mariana, atua diuturnamente no resgate e na identificação das pessoas isoladas e desaparecidas. Militares de toda a região, e também da capital, estão mobilizados, por terra, água e ar, ajudando nas operações de salvamento e no suporte aos moradores atingidos.

No local, estão presentes o Comando de Policiamento Especializado (CPE), por meio de unidades como Meio Ambiente, Trânsito Rodoviário, Batalhão Aéreo, Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), Comando de Operações em Mananciais e Áreas de Florestas (COMAF) e da 3ª Região de Polícia Militar (RPM), pelo 52º BPM, sediado em Ouro Preto.

Aeronaves do Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo fizeram sobrevoos ao longo do curso d’água por onde a lama avançou e seguem fazendo varreduras em busca de moradores que estão isolados ou desaparecidos, além de levar mantimentos e água aos desabrigados.

Três helicópteros atuam, atualmente, na região. No solo, militares apoiam tanto o Corpo de Bombeiros, quanto a Defesa Civil, nas buscas pelos moradores desaparecidos e também por animais, e na distribuição de alimentos.

A ação da Polícia Militar ocorre em sinergia com os demais órgãos de Defesa Civil e Defesa Social.

POLÍCIA CIVIL

O helicóptero do Núcleo de Apoio Aéreo (NOA) da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está em Bento Rodrigues desde as primeiras horas do desastre, ajudando, no primeiro momento, no salvamento e resgate de vítimas, transporte de bombeiros e localização de corpos.

A equipe disponibilizada pelo NOA é composta por sete pilotos e três tripulantes e, agora, tem atuado também na assistência e envio de remédios às vítimas.

O ônibus conhecido como Delegacia Móvel está em Mariana, sendo sua estrutura utilizada no mutirão de emissão de carteiras de identidade para as pessoas que perderam os documentos em decorrência do acidente. Dez servidores da Delegacia Regional de Ouro Preto, com reforço de servidores Instituto de Identificação da Polícia Civil, vindos de BH, estão atuando nesta área.

A identificação das vítimas fatais e a necropsia dos corpos, visando à verificação da causa das mortes, também ficam a cargo da PCMG, sendo estas ações executadas por médicos legistas em Mariana e Ponte Nova, ou no Instituto Médico Legal (IML) de BH, caso seja preciso realizar exame de DNA.

Quanto à queda da barragem, a investigação está a cargo da 2ª Delegacia Especializada de Crimes contra o Meio Ambiente e Conflitos Agrários (que pertence à Divisão Especializada de Meio Ambiente). O Inquérito Policial foi instaurado no dia 6 de novembro (sexta-feira) para  investigar o motivo da queda (*) e os  responsáveis.

A fase inicial foi a de análise de documentos e acompanhamento do trabalho da perícia. Já teve início a convocação de envolvidos, sendo previstos o depoimentos de vítimas, familiares, testemunhas e de representantes da mineradora.

(*) Peritos do Instituto de Criminalística estão realizando levantamentos e colhendo os elementos para produzir o laudo que apontará a causa do rompimento da barragem. O laudo será peça fundamental do inquérito policial.

CORPO DE BOMBEIROS

A atuação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), na Operação Mariana, envolve ações contínuas para oferecer suporte às vítimas, realização de buscas e monitoramentos das barragens. A seguir, as ações do CBMMG da ocorrência do rompimento das barragens em Bento Rodrigues até o momento:

- Provimento de suprimentos (água potável, alimentos, velas e itens de higiene pessoal) às famílias afetadas (a cargo da Defesa Civil);

- Busca de vítimas com o helicóptero por meio de sobrevoos, com identificação nas áreas atingidas.  Ações de voo seguem intensificadas, conforme planejamento dos órgãos de defesa;

- Transporte de tropa e equipes para locais distantes e sem acesso por terra;

- Realização de ações humanitárias com resgate de pessoas ilhadas, além do transporte e entrega de mantimentos e água nos locais onde os acessos não foram restabelecidos;

- Busca e resgate de vítimas com varredura feita por bombeiros em terra;

- Voos de monitoramento;

- Salvamento e transportes de animais, inclusive com o equipamento MC Guire (um guindaste acoplado ao helicóptero e usado para içar cargas pesadas);

- Emprego de bombeiros especializados para atuar em ocorrências de soterramento e desmoronamento;

- Busca por vítimas com cães farejadores, com reforço de Bombeiros e cães de Santa Catarina e do Espírito Santo.  A equipe do ES é composta por três militares com três cães e a de SC por dois militares com dois cães. Está sendo usado, também, um cão da raça Border Collie do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad). Os cães são treinados para a localização de vítimas em situações de soterramentos, desmoronamentos e outros desastres, além da localização de pessoas perdidas em matas;

- No dia 12 de novembro (quinta-feira), as equipes foram reforçadas com o apoio de 65 bombeiros, para percorrer as calhas às margens do rio Gualaxo. Mais 65 chegam no dia 13 de novembro (sexta-feira).  O grupo vai utilizar a técnica chamada de “bater rio”, por meio da qual os militares chegam a percorrer cerca de 30 Km, em busca de vestígios;

- Acompanhamento da retirada de troncos e galhos na usina hidrelétrica de Candonga, na região do rio Doce;

- Monitoramento das barragens, feito por meio visual e com equipamentos estabelecendo novos perímetros de busca.



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