Pronunciamento do governador Fernando Pimentel em relação aos ataques a ônibus em Minas Gerais

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Eu atendi ao convite, à solicitação do prefeito Alexandre Kalil, e vim a esta reunião com o comandante da Polícia Militar, o comandante do Policiamento da Capital (CPC), e coronel comandante do Gabinete Militar justamente para a gente tratar desta questão, como disse o Kalil aqui, de forma muito apropriada, de maneira diferente do que foi feito aí em outros estados.

Nós não damos pouca importância a este tipo de crime. Este é um crime que afeta muito o funcionamento da sociedade, afeta as comunidades que são atingidas por ele, então a gente tem uma visão mais séria sobre essa questão. Nós enfrentamos em Minas Gerais, todos os senhores sabem disso, uma onda em final de maio, início de junho, de queima de ônibus, com um número expressivo especialmente no interior do estado, na região do Triângulo, um pouco no Sul de Minas, áreas fronteiriças com o Estado de São Paulo, provocadas pela ação de uma organização criminosa, oriunda de São Paulo, e reagindo contra as condições que nós conduzimos o sistema prisional do Estado, ou seja, absolutamente dentro da legalidade, fizeram aquele ataque. 

Nós suportamos aquilo, tomamos todas as medidas necessárias, fizemos também um grande número de prisões, enfim, debelamos aquele fato. E agora, em Belo Horizonte, nós tivemos dois acontecimentos mais recentes, dois ônibus agora queimados, e o prefeito, com justa razão, se preocupou que não aconteça nada nem parecido com o que houve no estado no começo de junho. Não vai acontecer. 

Ao contrário até, em Belo Horizonte os números estão muito mais reduzidos. Se nós compararmos queima de ônibus de 2017, no mesmo período de janeiro de 2017 até agora final de junho, com janeiro de 2018 até final de junho desse ano, no ano passado, nós tivemos 20 episódios de queima de ônibus nesse período. E esse ano 14 até agora. Eu ia falar ‘apenas’, mas não vou falar porque acho que um já é muito. O objetivo nosso, o coronel Helbert está aqui, ele mesmo sabe disso, o objetivo nosso é zerar, é não ter nenhum. Mas para isso nós temos que contar com a colaboração, como disse o prefeito Alexandre Kalil, da comunidade. A Polícia Militar pode detalhar para vocês o que nós estamos fazendo, em parceria com a Guarda Municipal. Nós estamos estabelecendo uma rede de prevenção, nós já fizemos reuniões com praticamente todas as garagens de ônibus da cidade para que eles nos dessem o roteiro das linhas e os pontos mais críticos. Com isso, os Batalhões e as Companhias, que atuam em Belo Horizonte, estão fazendo esse trabalho de prevenção, seguindo o roteiro dos ônibus. 

Nós vamos ativar um canal dentro do 181 exclusivo para denúncias desse tipo, mas aí não é a denúncia do ônibus que foi queimado, é a denúncia da comunidade quando suspeitar que alguém está planejando um atentado desse tipo. E, imediatamente nós vamos tomar providências. Nós estamos criando toda rede possível para que esse tipo de delito seja reduzido ao mínimo, seja zerado, para não prejudicar justamente a população de Belo Horizonte. 

O prefeito Kalil foi muito feliz na fala dele em dizer que agora nós precisamos da cooperação dos outros poderes também, Poder Judiciário, do Ministério Público, cada um tem que fazer sua parte para a gente possa debelar isso. É um crime que de fato preocupa as autoridades tanto o prefeito quanto o governador, que afeta muito a vida ad comunidade, mas que pode ser combatido, está sendo combatido em Minas Gerais e eu vou dizer isso sem nenhum orgulho de governo, mas com orgulho de ser mineiro. Nós temos uma Polícia Militar muito eficiente, muito competente, muito comprometida. E Belo Horizonte tem uma Guarda Municipal também com a mesma dimensão, com a mesma vocação, até porque eu era prefeito quando nós criamos a Guarda. Mas enfim, o poder público, no Estado e no município está fazendo o que pode, fazendo a parte dele e agora nós precisamos pedir a colaboração das empresas, da comunidade e dos outros Poderes para a gente, se Deus quiser, zerar esse tipo de crime e não ter tipo de aborrecimento, como tivemos aí na madrugada de ontem e de hoje.