Pronunciamento do governador Fernando Pimentel durante solenidade de lançamento do aplicativo Alerta MG e entrega de 13 veículos para Centros de Referência de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência (CREAMs)

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Eu quero compartilhar com vocês dois sentimentos. O primeiro é a alegria muito grande de a gente estar comemorando, celebrando esses dois passos importantes. Um é a doação desses carros, desses 13 veículos - na verdade, nós já tínhamos doados antes 30 veículos como esses para Centros de Referencias ou delegacias especializadas de atendimento à mulher no Estado de Minas Gerais, então são 43 veículos.

Como disse a Marília, de forma muito apropriada, alguém pode dizer: ‘mas é um veículo’. Não é um veículo, mas sim o primeiro de muitos que nós vamos ainda doar para o estado inteiro. Faz muita diferença a gente dar estrutura, dar equipamento, dar condições de trabalho para esses profissionais, para essas profissionais que trabalham nessa área, seja ela especificamente da segurança pública, seja agora com especial atenção, na área do atendimento, naquela, digamos assim, daquele socorro que a mulher precisa depois de sofrer um trauma, de uma violência ou de uma ameaça.

Então eu fico muito feliz que a gente possa cumprir aquilo para o que fomos eleito. Nós fomos eleitos para isso, para honrar o compromisso que nós temos com os movimentos feministas, sociais, enfim, com as causas que iluminaram a nossa história até chegar a esse momento. Esse compromisso está sendo cumprido. Eu fico extremamente feliz em poder compartilhar uma coisa, mas o momento não é um ‘pequeno momento’. É um momento importante dessa trajetória.

A outra entrega também é uma vitória. Esse aplicativo, e hoje eu tive uma aula de manhã com a Carolina, minha esposa. Eu não sabia direito e aí a Carolina, que já está com o aplicativo no celular, me cadastrou e me deu uma aula. E ainda me fez ligar para a minha menina mais velha e falar: ‘agora você também baixa o aplicativo e me cadastra como localizador’.

Maria Fernanda, que ainda é novinha, dois anos, ainda não precisa.  Esse aplicativo é para colocar a tecnologia a serviço da boa causa de proteção das mulheres, de combate à violência contra a mulher. Ele é muito fácil. Ao clicar - e basta um clique - na emergência você acessa a sua rede de contato. E se a mulher for alvo já de alguma ameaça ela pode estar cadastrada diretamente na Polícia Civil, que vai deslocar uma equipe para atendê-la imediatamente. Mas qualquer pessoa, qualquer mulher pode usar o aplicativo para a sua rede de contato e para se sentir mais segura com o telefone celular e um aplicativo como esse.

É um passo importante, então nós devemos divulga-lo, fazer propaganda, porque é uma conquista tecnológica que a gente está agregando ao nosso trabalho, na causa feminista. Causa a qual aderimos já há muito tempo. Eu estava me lembrando que talvez um dos primeiros centros de referências, a primeira casa de atendimento, de abrigo à mulher vítima de violência, foi em Belo Horizonte, a Casa Bem-Vinda, e já se fazem 20 anos.

É uma trajetória longa, nós não chegamos agora nesse processo. Nós estamos há muito tempo caminhando, estamos construindo. Às vezes a gente sente que tem algum retrocesso. É o momento de hoje. Nós estamos sentindo aí que os ventos estão soprando contra a gente, mas nunca nos ameaçaram, nunca nos amedrontaram. Vento contra nós temos desde a juventude e sabemos enfrenta-lo. O importante é que nós os enfrentamos trabalhando, lutando e avançando. É o que nós estamos fazendo aqui.

Então, o meu outro sentimento que eu quero compartilhar com vocês é o de esperança de que o exemplo que nós aqui em Minas Gerais estamos dando, contra ventos e marés, nas adversidades, contra as tempestades, nós estamos lutando e estamos avançando.

Que seja assim e que o Brasil volte ao bom caminho.