Pronunciamento do governador Fernando Pimentel durante a solenidade de entrega de viaturas da Polícia Militar para 68 municípios mineiros

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Vou ser brevíssimo, apenas para registrar duas coisas. Já falei da importância do apoio que a gente tem da bancada federal. Esse recurso que trouxe essas viaturas - na verdade, é a segunda etapa, porque já entregamos 140 viaturas, agora são 72 e ainda vem mais porque a bancada está trabalhando para uma emenda maior ainda que vai nos ajudar muito a colocar mais e melhores equipamentos para a Polícia Militar. Então a primeira coisa é registrar a tarefa que tem sido cumprida pelas nossas forças de segurança, Polícia Militar, Polícia Civil.

Às vezes os resultados do nosso trabalho não têm tanta divulgação quanto os fatos negativos que na área de segurança, claro, sempre podem ocorrer. Acontece um crime e é manchete de primeira página. Quando sai um índice, como nós temos agora de redução dos crimes violentos em Minas Gerais de quase 30%, comparando 2017 com 2016, e esse trimestre a mesma coisa - é uma tendência, os crimes estão caindo -, aí é vem uma notícia pequenininha, ali no final da página, e ninguém dá importância. Quando tem um assalto como teve agora em Passos, explosão de caixa, chama atenção, tem manchete, dá nos jornais de televisão. Quando a gente prende os culpados algum tempo depois, com o trabalho integrado da Polícia Militar, Polícia Civil, e das polícias estaduais, aí, a notícia é pequenininha. Então, nós temos que registrar aqui, porque, se tem uma coisa que Minas Gerais hoje tem orgulho, é da situação da segurança pública do estado. Está muito melhor do que antes e muito melhor do que a média brasileira. Isso se deve ao trabalho da nossa Polícia Militar, da nossa Polícia Civil, das forças prisionais, enfim, do nosso aparato de segurança pública. Então, nós temos orgulho da nossa polícia e vamos continuar apoiando o trabalho dela.

Eu quero encerrar falando aquilo que os prefeitos sabem bem. Governar é fazer escolhas. Quando você tem uma situação tão difícil como a que nós temos hoje no Brasil inteiro, e Minas Gerais não é exceção, você herda uma situação de desequilíbrio financeiro tão grave quanto nós herdamos no Estado, as escolhas se tornam dramáticas, e Minas Gerais fez a sua escolha. Nós escolhemos manter funcionando os serviços públicos estaduais. Nós podíamos ter feito outra escolha, nós podíamos ter escolhido fazer obras, atender outro tipo de reclamo, outro tipo de reivindicação, porque as reivindicações, normalmente, todas são justas. Mas aí nós iríamos levar os serviços públicos ao colapso, como nós vimos no Rio de Janeiro, como nós vimos em algum momento no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, como estamos vendo em vários estados do Nordeste. Não. Nós fizemos a escolha de manter funcionando. E aí alguém diz que podíamos ter cortado no custeio. Podíamos, perfeitamente. Mas aí não teríamos entregue equipamento novo para a Polícia Militar. É simples assim. O que é um custeio? O custeio está aí na praça com os veículos. Os deputados federais poderiam ter direcionado as suas emendas para outro tipo de atividade, mas não o fizeram atendendo a um pedido, ao nosso apelo. Dedicaram as suas emendas àquilo é mais importante para a população do nosso estado, que é manter o funcionamento da saúde, da educação e da segurança.

Tudo é importante, mas nós não vamos deixar a segurança de Minas Gerais ir para aquela situação de calamidade que nós assistimos em outros estados vizinhos daqui. Isso não vai acontecer em Minas Gerais. E não vai acontecer porque a polícia trabalha, se dedica, corre riscos, mas está presente, e com essa concepção de polícia que a gente tem, com grande trabalho dos nossos oficiais, soldados e sargentos estamos implantando a polícia presente, a polícia comunitária, esse exemplo das bases comunitárias aqui em Belo Horizonte, que nós vamos levar para o interior, se Deus quiser, no segundo semestre, está produzindo resultados.

Então, temos que assumir as escolhas que fazemos. Nós não escolhemos fazer obras suntuosas, palácios modernos, gastar dinheiro fazendo coisas de luxo. Não. Nós escolhemos o dia a dia, aquilo que os prefeitos fazem na sua cidade. Eles sabem a importância de ter uma viatura nova para a Polícia Militar. A importância de ter uma ambulância nova para a sua cidade, um trecho de asfalto pequeno, mas como isso muda. Hoje eu recebi empresários da cidade de Carlos Chagas, nós fizemos um trecho pequeno de asfalto na cidade ligando um distrito a estrada principal. Pouca coisa, mas com esse pequeno trecho de asfalto que nós fizemos, como havia um frigorífico nesse distrito, viabilizamos as exportações de carne daquele frigorífico para o mundo inteiro, porque havia a vigilância sanitária que impedia que a carne passasse num trecho de terra, e ela não poderia ser exportada. Olha como as coisas, às vezes, são simples. Os prefeitos sabem disso. Eles convivem com essa realidade nas suas cidades.

São obras aparentemente pequenas, são ações aparentemente pequenas, que o sujeito pode olhar de longe e pensar que entregou uma viatura e que isso não é nada. Mas pergunta para uma guarnição que está lá ralando no interior de Minas, no sol quente, se uma viatura nova e bem equipada não faz diferença para o trabalho dele e para o serviço dele. É claro que faz. Essa é a escolha que Minas Gerais fez e vai continuar nesse caminho. Escolher aquilo que faz diferença na vida das pessoas, que az diferença para melhor. Não é para fazer bonito para foto, não é para fazer programa de televisão, não é para fazer entrevistas bonitas, não é para dizer que fez choque disso ou daquilo. Não. É para melhorar a vida do cidadão e da cidadã de Minas Gerais, ainda que com enorme dificuldade financeira. Vamos continuar trabalhando assim. A imprensa tem o seu papel, ela tem que divulgar as coisas.

Eu gosto de fazer isso que estamos fazendo hoje aqui, que é o que Minas Gerais tem feito e aí faz a diferença no Brasil, que é manter funcionando, com equilíbrio, com serenidade, com paciência Minas Gerais está superando a crise. Dificuldades nós teremos sempre, mas nós sabemos fazer aquilo que Minas Gerais sabe fazer de melhor, que é trabalhar, é o que a Polícia Militar tem feito, o que a Polícia Civil tem feito, é o que os prefeitos e as prefeitas têm feito, e o que o Governo do Estado, com muita humildade, tem feito e vai continuar fazendo, que é trabalhar por Minas Gerais.