Pronunciamento do govenador Fernando Pimentel durante solenidade de assinatura do despacho que amplia atendimento do Ipsemg no Hospital Márcio Cunha (Ipatinga) e autorização plantão na Delegacia de Polícia Civil de Coronel Fabriciano

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Hoje é segunda-feira e estamos começando mais uma semana de trabalho intenso de uma forma de que é mais apropriada para caracterizar o que tem sido nosso mandato ao longo de mais de três anos em Minas Gerais. Minas fez uma escolha há quatro anos atrás, quando conduziu ao Palácio da Liberdade esse conjunto de forças políticas que está aqui, e que eu humildemente represento. Essa escolha se traduz em atos concretos. Nós poderíamos estar aqui festejando uma obra suntuosa, como a construção de um novo anexo como na Cidade administrativa, com escadas rolantes porque as vezes o acesso às vezes é precário, os elevadores não dão conta, ou talvez um terraço panorâmico nesses prédios. Poderia ser uma escolha, mas não foi a escolha que Minas fez.

A escolha que Minas fez foi outra. Foi por um governo que, com simplicidade, com singeleza, com humildade, virtudes características dos mineiros, olhasse para o Estado, com carinho, dialogasse com as pessoas, ouvisse as suas reivindicações, compartilhasse com elas, ou seja com a população, as dificuldades que são imensas. Nós estamos enfrentando a maior crise da história desse país, da história republicana desse país, e Minas está mergulhada no mesmo cenário. Assim, compartilhando as dificuldades, ouvindo as pessoas, e com atenção e carinho para com a vida cotidiana da população, vamos aos poucos desbastando  a difícil trilha não só de governar, mas também de conviver nesse momento tão difícil da vida brasileira. É isso que nós temos feito.

Aqui o deputado Celinho falou bem, nós estamos atendendo a duas demandas antigas da região do Vale do Aço, que já podiam ser sido atendidas. Governos que nos antecederam poderiam ter feito isso com mais e até em melhores condições, porque dinheiro havia naquela época. Hoje infelizmente dinheiro não há. Mas há boa vontade, há disposição de trabalho, e há uma escolha nossa de governo, feita com aval dos mineiros que aqui nos colocaram, de manter funcionando de manter os serviços públicos, de evitar o colapso dos serviços públicos, que poderia ter ocorrido se nós seguíssemos outro modelo de governo. Fizéssemos nós o chamado ajuste fiscal preconizado pelo governo federal para os estados que pretenderam recuperação de suas finanças, caso do Rio de Janeiro, caso do Rio Grande do Sul - nós não aderimos a esse modelo – mas, se nós tivéssemos feito o ajuste fiscal, essa singela cerimonia aqui não teria acontecido, não poderíamos fazê-la pelo simples fato de que a Polícia Civil não teria podido chamar, nomear, treinar e colocar na rua 450 novos investigadores, que nós vamos colocar agora em junho, fora os 92 que já colocamos, fora os mil e tantos que colocamos no ano passado. Nós fizemos a escolha de manter o estado funcionando.  E aí você tem que contratar professores, você tem que contratar médicos, você tem que contratar policiais militares e civis, pelo simples fato de que os funcionários vão se aposentando. Se você não cobre essa lacuna, o serviço público começa a parar.

Ao fazer essa escolha nós, abrimos mão de fazer obras suntuosas. Mas os serviços públicos continuam funcionando. É uma escolha. Nós estamos dispostos a debatê-la com a sociedade mineira para saber se o melhor caminho era esse, ou se o melhor caminho era aderir à recuperação fiscal do governo federal - e aí estaríamos mais ou menos como o Rio de Janeiro está hoje, sem condições de fazer funcionar aquele mínimo que o cidadão e a cidadã precisa para a sua vida transcorrer com alguma regularidade.

Então, eu estou muito tranquilo quanto a isso. E quando eu vejo uma cerimônia como essa, que de fato nós estamos atendendo a demandas reais da sociedade, com simplicidade, com singeleza, com humildade, mas mantendo as coisas funcionando, de um lado e de outro eu olho para os estados que estão próximos e vejo o colapso e o desastre que está acontecendo com aquela população - e digo isso com tristeza, porque somos todos irmãos e temos de trabalhar para que as vidas de todos melhorem. Mas da nossa parte aqui nós estamos cuidando. Com serenidade, com tranquilidade, com essa característica dos mineiros de ter paciência, tolerância e coragem, filha da cautela, porque senão é valentia, e aí é outra coisa. Nós não somos valentões, a gente tem é a coragem necessária para enfrentar as dificuldades. E vamos superando aos poucos aos problemas e as crises.

Então, começar a semana com dois atos como esses - ampliar o atendimento do Hospital Márcio Cunha no credenciamento que já existe, para atender cerca de 14 mil funcionários, mas se pensarmos nas famílias, vai para quase 50 mil pessoas, e o plantão lá em Coronel Fabriciano, que já deveria ter sido feito, porque só a cidade hoje tem mais de 100 mil habitantes. Timóteo deve ter quase isso, 90 mil, mais as outras cidades menores, estamos falando de mais de 200 mil pessoas que agora vão ter aquele mínimo de conforto de não ter que se deslocar até Ipatinga para registrar uma simples ocorrência.

Então, coisas singelas, simples, mas que de fato melhoram a qualidade de vida dos mineiros e das mineiras.