Coletiva de imprensa do governador Fernando Pimentel sobre as ações de combate ao ataque a ônibus por facções criminosas em Minas Gerais

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Eu pedi a vocês para virem aqui hoje para acompanhar a reunião que eu acabei de fazer com o setor de segurança do estado, também com o superintendente regional da Polícia Federal, para a gente discutir essa situação dos ataques e incêndio à ônibus que ocorreram nos últimos três dias no estado. Isso está concentrado mais no Triângulo Mineiro, no Sul de Minas, mas de qualquer maneira nos preocupa pela disseminação para mais de 26 municípios e cerca de 50 ônibus incendiados, além de alguns outros ataques a repartições policiais.

A esta altura, está caracterizada que foi mesmo obra e autoria de uma facção criminosa que atua no Brasil inteiro e que, neste momento, concentrou sua atuação em Minas Gerais. Nós estamos pagando o preço dos nossos presídios, do nosso sistema prisional ser mais rigoroso do que a média brasileira. Ou seja, cumprir a lei.

Aqui nós não afrouxamos o sistema carcerário para esse ou para aquele, ou para organização criminosa nenhuma. E por isso nós estamos pagando esse preço, estamos sofrendo ameaças e sendo atacados. Nós não vamos transigir com a nossa política carcerária. A política carcerária em Minas é uma política que cumpre rigorosamente a lei. A Policia Militar, a Polícia civil, a Polícia Federal, que é integrada conosco, e nós estamos tomando todas as providências, todas as medidas necessárias para coibir esse tipo de crime, esse tipo de delito. Como vocês sabem, isso é muito difícil, é um crime extremamente difícil de detectar.

São locais ermos que são escolhidos para atacar os ônibus, em algumas vezes durante a noite. Então é muito difícil prevenir. A polícia está neste momento adotando também uma tática de camuflar com agentes à paisana nos ônibus. Nós achamos que nós vamos produzir também algum resultado e estamos com investigação em curso, neste momento é sigilosa, nós não podemos revelar.

Então, a Polícia Civil está investigando, a Polícia Militar também. A Polícia Federal está integrada conosco. Nós já temos uma força-tarefa trabalhando no setor de inteligência, e acredito que nos próximos dias vamos ter bons resultados neste trabalho, mas, por enquanto, ele é sigiloso. Fora isso, eu quero pedir à população que fique atenta, acione a Polícia Militar a qualquer indício, a qualquer atitude suspeita que o cidadão ou a cidadã notar, que acione o 190. Nós reforçamos o policiamento, o comandante da Polícia pode dar detalhes para vocês dessas cidades que foram mais atingidas, especialmente em Uberaba, estamos com atenção redobrada lá, deslocamos mais efetivo policial para aquela região, e eu tenho esperança que, a partir de hoje, essa onda que começou no domingo comece a refluir. Então, quero dar essa palavra de tranquilidade à população.

Nós estamos atuando com todo o efetivo, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil, e com o apoio da Polícia Federal, e vamos trabalhar para que possamos evitar que Minas Gerais sofra mais este tipo de sobressalto. Volto a dizer, estamos pagando um preço porque nós temos um sistema prisional que atua com rigor. Ao contrário de outros estado, aqui a lei de execução penal é cumprida independentemente de ser facção criminosa ou não. É isto que está ocasionando essas ameaças.  Vamos continuar trabalhando.