Secretaria de Educação realiza reuniões para debater reforma do Ensino Médio

Discussão da proposta de reforma do Ensino Médio está sendo feita com equipes da SEE, professores, diretores de escolas estaduais e estudantes

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Entre as ações já realizadas está a apresentação da Lei 13.415 para superintendentes e subsecretários
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Os estados têm até 2021 para aplicar a Lei 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, e implantar a reforma do Ensino Médio. Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) já iniciou as discussões.

“Estamos em um processo de análise da Lei e entendimento da proposta a partir da ampliação do debate, que inicialmente foi muito reduzido. Já estamos discutindo com as Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e vamos chegar às escolas para promover um debate amplo”, destaca o superintendente de Juventude, Ensino Médio e Educação Profissional, Wladmir Coelho.

Entre as ações já realizadas está a apresentação da Lei 13.415 para superintendentes e subsecretários da Secretaria. Também foi feita uma análise dos impactos da lei nos diferentes setores da SEE. Cada setor do órgão central conta com um articulador, que é o responsável por acompanhar todo o processo de estudos e impactos, além de participar de reuniões com a equipe do Ensino Médio.

As reuniões são realizadas semanalmente e até o momento já discutiu temas como a flexibilização do currículo, avaliação, projetos de vidas dos jovens, entre outros. “Debatemos todos os temas ligados à reforma do Ensino Médio e os impactos disso na Secretaria”, afirma Wladmir.

Também já foram realizadas videoconferências com as SREs e foi dado início a um cronograma de visitas, que resultará em reuniões com diretores de escolas estaduais, professores, especialistas e alunos.

A partir do que a Lei 13.415 institui já se sabe que acontecerá uma ampliação da carga horária de 833h20min para 1mil horas e que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que está em fase de elaboração, será obrigatória e irá nortear os currículos das escolas de Ensino Médio.

Mas a forma de aplicação da lei ainda deve ser bastante discutida em Minas Gerais. “Temos que estudar quais são as possibilidades para as escolas. Com um estado deste tamanho e com o número de escolas que nós temos, vamos ter que conversar muito, inclusive com prefeituras”, relata Wladmir.

Reforma

A reforma do Ensino Médio foi colocada em vigor como Medida Provisória (MP) em 2017. Ela marca uma mudança na estrutura do sistema atual do ensino médio. De acordo com o Ministério da Educação, a nova estrutura terá uma parte que será comum e obrigatória a todas as escolas (Base Nacional Comum Curricular) e outra parte flexível.

O novo modelo depende ainda da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio, que está em fase de discussão no Conselho Nacional de Educação. A BNCC será obrigatória e irá nortear os currículos das escolas de ensino médio.

Após essa etapa, no primeiro ano letivo subsequente à data de publicação da BNCC, os sistemas de ensino deverão estabelecer um cronograma de implantação das principais alterações da lei e iniciar o processo de implementação, conforme o referido cronograma, a partir do segundo ano letivo.

Base Nacional Comum Curricular

É um conjunto de orientações que deverá nortear os currículos das escolas, redes públicas e privadas de ensino, de todo o Brasil. A Base trará os conhecimentos essenciais, as competências e as aprendizagens pretendidas para crianças e jovens em cada etapa da educação básica em todo país.

A BNCC pretende promover a elevação da qualidade do ensino no país por meio de uma referência comum obrigatória para todas as escolas de educação básica, respeitando a autonomia assegurada pela Constituição aos entes federados e às escolas. Para mais informações sobre a BNCC, consulte o site: http://basenacionalcomum.mec.gov.br



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