Secretaria de Educação ouve demandas dos povos indígenas
Representantes de diversas etnias se reuniram com a secretária Macaé Evaristo para pedir mais participação na construção das políticas de educação escolar indígena
Conhecer as demandas das comunidades indígenas. Este foi o objetivo central da reunião feita entre índios de diversas tribos, Secretaria de Estado da Educação (SEE), Funai, UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais e CIMI - Conselho Indigenista Missionário.
As lideranças de diversos povos apresentaram à SEE uma pauta que solicita o fortalecimento das instâncias de participação e a ampliação dos processos de escuta das lideranças e professores indígenas a para a construção da política de educação escolar indígena. O grupo pediu ainda a suspensão do edital do concurso para professores indígenas. Eles alegam que não foram ouvidos no processo que definiu os critérios de seleção. A Secretária disse que vai analisar a demanda: “Eles não são contra o concurso. Nós vamos submeter essa demanda à análise da nossa assessoria jurídica para posterior deliberação”.
Segundo o Cacique Baiara, da aldeia Geru Tucunã Pataxó, de Açucena, este encontro é um grande passo: “Essa primeira reunião com a secretária é de grande importância principalmente devido ao seu conhecimento da cultura indígena”. O Cacique Kanatyo Pataxó, de Itapecerica, diz estar esperançoso com a abertura do diálogo.
Educação indígena em Minas Gerais
Minas Gerais conta com oito etnias: Krenak, Pataxó, Xacriabá, Maxakali, Mokurim, Kaxixó, Xucuru-Kariri e Pankararu. Atualmente, existem 17 escolas indígenas que atendem cerca de 3.500 alunos.