Plantando o Futuro promove o reflorestamento nos municípios mineiros

Ação prioriza áreas degradadas, nascentes, matas ciliares e a arborização urbana. Iniciativa também vai atender assentamentos

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Convênio com o Instituto Espinhaço prevê a produção de 3 milhões de árvores
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O projeto Plantando o Futuro já atingiu 25% da meta prevista para dezembro de 2018. Por meio de convênios e termos de cooperação, a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) conseguiu viabilizar cerca de 7,5 milhões de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado que vão ser plantadas em vários Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais.

Lançado em março de 2016 pelo Governo de Minas Gerais, o projeto tem a meta de plantar 30 milhões de árvores, o que compreende a recuperação de 40 mil nascentes, 6 mil hectares de mata ciliar e 2 mil hectares de áreas degradadas. A iniciativa incentiva o reflorestamento, contribui para preservar a natureza e promove o bem-estar dos mineiros.

“Todo o projeto é desenvolvido com convênios. Ele só é possível com os parceiros que ajudam a executar as atividades no campo. Com esses parceiros já conseguimos cerca de 7,5 milhões de mudas que vão ser plantadas. A maioria delas ainda está em viveiros, em fase de produção”, esclarece o coordenador do projeto, Cleber Maia.

As primeiras 600 mil mudas vão ser plantadas no início deste ano. As mais de 61 espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado foram produzidas em viveiro construído em Itabira, Região Metropolitana de Belo Horizonte, por meio de convênio assinado com o Instituto Espinhaço.

Ao todo, o convênio com o Instituto Espinhaço prevê a produção de 3 milhões de árvores específicas da Mata Atlântica e do Cerrado. A ação vai contemplar 53 municípios da região da Serra do Espinhaço e beneficiar mais de 1 milhão de pessoas.

Recuperação de assentamentos

Um convênio assinado com o Centro Cultural Francisca Veras vai viabilizar a produção de 2,8 milhões de mudas de árvores nativas em parceria com 27 assentamentos para a reforma agrária. A cooperação entre a entidade e a Codemig vai até dezembro de 2018. A previsão é que as mudas recuperem uma área de, aproximadamente, 2,6 mil hectares.

O acordo prevê a construção de quatro viveiros no estado, nas regiões Norte, Sul, Vale do Rio Doce e Triângulo Mineiro. A ideia é oferecer às pessoas a oportunidade de participar ativamente do plantio, tornando-se protagonistas do desenvolvimento sustentável dos assentamentos.

Mais convênios

Outro convênio, dessa vez assinado com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), vai recuperar a capacidade de produção dos viveiros de Corinto, Patos de Minas e Leopoldina. Os três em conjunto produzirão 2 milhões de mudas por ano.

“Acordamos dois termos de cooperação com a Codemig. Um prevê a reforma dos três viveiros e o outro a doação de 584 mil mudas, do IEF para a Codemig, para ajudar no reflorestamento. Dessas, mais de 200 mil já estão disponíveis”, comenta a diretora de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do IEF, Fernanda Teixeira Silva.

O convênio com o Grupo Dispersores de Brasópolis, por sua vez, prevê a recuperação de 200 nascentes e plantio de 130 mil mudas na Bacia do Rio Sapucaí. Destaca-se também a liberação de R$ 5,5 milhões do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (FHIDRO) para o Instituto Terra. O valor vai ser usado na recuperação de mil nascentes na Bacia do Rio Manhuaçu, afluente do Rio Doce.

Além disso, a Codemig e a Via 040, responsável pela gestão da Rodovia BR-040, assinaram um termo de cooperação para a recuperação de 1.200 hectares distribuídos em 31 municípios do estado. A parceria abrange áreas com necessidade de recuperação florestal apontada pelo projeto.

Sobre o projeto

O Plantando o Futuro surgiu a partir do Grupo de Trabalho criado em agosto de 2015. Ele envolveu sete secretarias de Estado, além da Cemig, Copasa e Codemig. A decisão de investir na preservação da natureza por meio do plantio de mudas e recuperação de nascentes leva em consideração o compromisso firmado pelo Brasil junto à ONU, que visa à restauração e recuperação de 12 milhões de hectares até 2030.

Outras informações estão disponíveis nos sites www.codemig.com.br e www.plantandoofuturo.mg.gov.br.

O projeto em números

- 20 mil hectares a serem preservados

- 30 milhões de mudas de espécies nativas a serem plantadas

- 40 mil nascentes em processo de recuperação

- 6 mil hectares de matas ciliares serão revitalizados

- 2 mil hectares de áreas degradadas, em todo o estado, serão recuperados

- 20 milhões de pessoas beneficiadas

- R$ 396 milhões de orçamento total



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