Minas Gerais sedia Seminário Regional Paralímpico Escolar 2018

Etapa da regional sudeste reuniu cerca de 200 profissionais da Educação Física de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo

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Seminário apresentou experiências na área de esportes paralímpicos em cada deficiência
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Um espaço dedicado à formação e à discussão de ações que possam impactar positivamente no trabalho que é desenvolvido pelos professores de Educação Física com estudantes com deficiências. Essa é uma das propostas do Seminário Regional Paralímpico Escolar 2018. Realizado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, a Secretaria de Estado de Esportes e a PUC Minas. O evento aconteceu em Belo Horizonte nesta semana.

O seminário teve, entre seus objetivos, proporcionar aos participantes a inclusão, conhecimentos e experiências na área de esportes paralímpicos em cada deficiência. Além disso, capacitar, com conhecimentos técnicos e práticas pedagógicas, os profissionais que atuem com as modalidades oferecidas nas Paralimpíadas Escolares, para que desenvolvam trabalhos voltados à prática esportiva das pessoas com deficiência no ambiente escolar, entre outros.

Com a participação de cerca de 200 profissionais da Educação Física, o evento contou com representantes de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O estado sediou o último seminário regional: o sudeste. Já foram realizados seminários em Belém (Norte), Florianópolis (Sul), Natal (Nordeste), Campo Grande (Centro Oeste), e Manaus (Norte I).

Durante a abertura do seminário, o vice-presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Ivaldo Brandão, destacou a importância dos profissionais apresentarem seus anseios e dúvidas durante o evento. “O seminário tem uma proposta que não é trazer uma receita de bolo. Ele tem dentro de sua essência e seus objetivos, escutar a base de profissionais. Queremos perceber quais são as propostas que podemos tirar desses seminários para melhorar a questão da Educação Física na escola, principalmente, para melhor atender as pessoas com deficiência”.

Ivaldo ressaltou ainda que “existia um a vácuo entre o que a gente quer e o que as pessoas estão fazendo dentro do processo de ensino-aprendizagem. Estamos aqui para ouvir, buscar algumas propostas interessantes para que a gente possa, no seminário do próximo ano, construir alguma coisa mais efetiva para levar como proposta e para que seja inserido em um programa de Educação Física adaptada e mais abrangente”.

O chefe de gabinete da SEE, pontuou que “hoje podemos perceber os avanços que estamos vivendo nesse campo e as paralimpíadas são um reflexo disso. Estamos aqui conversando sobre a formação de profissionais e isso é a concretização de uma vitória da sociedade, daqueles que insistiram na inclusão das pessoas com deficiência no campo da educação e do esporte”.

Já o secretário de Estado de Esportes, em exercício, Ricardo Sapi, afirmou que “o seminário representa um momento de aprendizado, de compartilhar, de apontar soluções para que possamos ampliar e potencializar o paradesporto”.

Formação profissional

Durante o evento, os participantes contaram com minicursos, palestras e apresentação de trabalhos em sete áreas temáticas: Esporte Paralímpico como conteúdo da Educação Física Escolar; Formação de professores em educação física escolar/adaptada; Fundamentos teórico-práticos do processo de ensino-aprendizagem do esporte Paralímpico na escola; Inovação, Tecnologia e Adaptações na prática de esporte para pessoas com deficiência; Classificação Funcional e Avaliação Motora nos Esportes; Atividade física e saúde para pessoas com deficiência; e Administração, Gestão e Organização de Eventos em Esportes para Pessoas com Deficiência.

A coordenadora de Esporte Educacional da SEE, Celina Sousa Gontijo, destacou a importância do seminário para os profissionais que atuam na área. “A formação continuada é muito importante na nossa profissão e dentro do desporto paralímpico é sempre mais reduzido. Quando a gente consegue fazer uma parceria como esta é extremamente importante trazer os nossos professores para que eles possam conhecer novas metodologias e didáticas para fazer a inclusão dos estudantes dentro do esporte e da educação física”, apontou Celina.

O professor de Educação Física Moises Barbosa, que atua nas escolas estaduais Sandra Risoleta e Laice Aguiar, ambas em Belo Horizonte, trabalha há 13 anos com projetos que envolvem modalidades paralímpicas. Para o educador, “iniciativas como esta contribuem para que os professores tenham uma maior atuação dentro da área. Temos que ter mais formações e mais acesso a informações, assim poderemos ter uma ação prática melhorada. Na sala de aula, passamos uma fração de teoria e prática. O que levamos para os alunos é mostramos para os alunos é que eles podem sempre vencer limites”.



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