Funed lança aplicativo para identificar cobras corais

Formas de distinção foram trabalhadas com base na presença ou ausência de características morfológicas das serpentes. Projeto é apoiado pela Fapemig

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Registro da tela do aplicativo em funcionamento
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A cobra tem anéis vermelhos, pretos e brancos? Orifícios entre o olho e a narina? Tem chocalho na ponta da cauda? Estas e outras perguntas ganham esclarecimentos no novo aplicativo, lançado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), para identificação das cobras corais. 

O app "Cobra Coral", disponibilizado pela  para os sistemas operacionais Android e iOS, reúnem as chamadas "chaves dicotômicas", que são formas de se identificar espécimes com base em afirmações contrastantes, muitas vezes em relação às características físicas.

O aplicativo foi desenvolvido pela equipe do Serviço de Coleções Científicas e Popularização da Ciência (SCCPC), da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Funed, sob coordenação da bióloga Giselle Agostini Cotta. 
 

Crédito: Divulgação/Funed

As chaves são baseadas na presença/ausência de características morfológicas da serpente. A ideia para o desenvolvimento dos aplicativos nasceu a partir da chave ilustrada "Será que essa cobra é peçonhenta?" e do projeto "Cobra Coral", do bolsista de Iniciação Científica Júnior (BIC-Jr) da época, Leonardo Carvalho, contemplado no Prêmio de Incentivo à Pesquisa Carlos Ribeiro Diniz, em 2015.

O livro aborda as espécies de corais verdadeiras de Minas Gerais e traz, ao final, uma chave ilustrada para identificação deste animal, trabalho orientado pela bióloga Flávia Cappuccio de Resende. A obra foi produzida artesanalmente com materiais reciclados, e teve a colaboração da designer de produtos Miriani Rezende, bolsista do setor na época.

A decisão de desenvolver um aplicativo baseado no conteúdo do livro-caixa Cobra Coral se deu em virtude de três motivos principais: necessidade de disseminação do conhecimento sobre os animais peçonhentos, cujos acidentes são considerados pela OMS doença negligenciada; aumento da possibilidade de um tratamento eficaz, pois é fundamental conhecer o agente causador do acidente para aplicação do soro adequado; contexto atual tecnológico.  

O projeto do aplicativo conta com o fomento da Fundação e Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e tem como parceiro para o desenvolvimento da plataforma a empresa Ciclope.

Próximo lançamento

Outro aplicativo que estará disponível, em breve, permitirá a identificação de cobras peçonhentas e não peçonhentas e apresentará as principais espécies existentes no estado de Minas Gerais.

Este app foi desenvolvido pela mesma equipe, com participação da estagiária, Layane Cristina Santos. Além de permitir o reconhecimento das principais espécies de serpentes peçonhentas de Minas Gerais, ele aborda os tipos de acidentes e traz a relação dos pontos de atendimento para acidentados no estado.

“Os aplicativos permitirão, além da identificação das serpentes, ampliar o conhecimento sobre a diversidade de espécies de Minas Gerias, para facilitar ao público especializado (médicos e enfermeiros) a identificação da serpente causadora do acidente para que seja aplicado o soro adequado”, explica Giselle Cotta.



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