Cemig é a primeira companhia do setor a apresentar processos a empresas de minigeração

Pedidos de conexão de projetos até 5.000 kW em 2018 é cinco vezes maior do que nos anos anteriores somados

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Seminário de Geração Distribuída foi aberto, nessa terça-feira (11/12), na capital mineira
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Líder nacional de conexões em geração distribuída, a Cemig promoveu, nesta semana, seminário inédito no país para aproximar o setor de distribuição de energia e empreendedores desse mercado emergente. O Seminário de Geração Distribuída, realizado em Belo Horizonte, teve o objetivo de discutir a regulação e os processos de solicitação e planejamento desse tipo de tecnologia. 
 
No Brasil, a Aneel estabelece que as fontes de geração distribuída devem ser renováveis, tais como painéis fotovoltaicos e geradores hidráulicos e eólicos, dentre outras fontes. Para efetivar a ligação, é necessário que o consumidor solicite à concessionária de energia o acesso à sua rede de distribuição.
 
Para impulsionar essa tecnologia, o Governo de Minas Gerais sancionou, em julho do ano passado, a Lei 21.713, que estimula a produção e a comercialização dessa energia no Estado a estabelecimentos com atividade de geração, transmissão ou comercialização de energia solar. A nova norma amplia para 20 anos o prazo para a concessão de créditos de ICMS relativos à aquisição de energia solar produzida no Estado. Esse é um importante incentivo ao desenvolvimento da energia solar fotovoltaica.
 
De acordo com o gerente de Proteção à Receita e Faturamento da Distribuição da Cemig, Ronaldo de Oliveira, as solicitações de projeto de minigeração, cuja potência instalada é de 75 kW a 5 MW, vêm aumentando exponencialmente.

Para se ter ideia, entre 2012 e 2017, a companhia havia recebido cem solicitações desse tipo, enquanto que, somente em 2018, 500 novos pedidos já foram registrados.  Além disso, Ronaldo de Oliveira destaca o processo de otimização que a Cemig está passando para conseguir atender as empresas de geração distribuídas com mais agilidade e eficiência.
 
O engenheiro de aplicação Ivo Henrique de Pádua, da Sollarko, enaltece a iniciativa da Cemig de chamar as empresas de geração distribuída e apresentar os processos da companhia. “O evento foi muito amplo no sentido de alinhar nossas atividades e padronizar o que temos de expectativa como empreendedor. Além disso, entendemos a importância de fazer os processos corretamente para reduzir o prazo de atendimento”, comenta. 
 
Regulação e mercado

A Cemig é a maior empresa em números de conexão de microgeração (empreendimentos cuja potência instalada é de até 75 kW), com mais de 6.000 ligações.

Durante a abertura do seminário, o diretor de Distribuição e Comercialização da Cemig, Ronaldo Gomes de Abreu, destacou que a área de concessão da Cemig possui 24% da potência instalada no Brasil e que a iniciativa do seminário busca fortalecer a parceria entre a companhia e as empresas de geração distribuída. 

Logo na sequência, o gerente de Regulação Técnica e Comercial, Pedro Henrique Fantini Vieira, salientou as vantagens  e benefícios da geração distribuída, de acordo com a resolução 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Toda pessoa pode deixar de ser um simples consumidor e pode  ser um gerador. Mas ele não é um gerador clássico.  Ele compensa o seu próprio consumo e, eventualmente, constitui créditos para consumos futuros” destacou. 
 
Com as novas regras da Aneel, estima-se que até 2024 cerca de 1,2 milhão de residências contem com energia produzida pelo sistema de geração distribuída. O Brasil está entre os países com o maior potencial de crescimento em energia solar, especialmente pelo fato de possuir um dos melhores índices de insolação do planeta.
 
Fantini também alertou que está na agenda do órgão regulador do setor elétrico brasileiro uma revisão da resolução. “A Aneel abriu uma primeira fase de discussão no primeiro semestre de 2018 para saber dos agentes do setor o que precisa ser atualizado, que já mandaram suas contribuições. Agora, estamos caminhando para uma segunda fase, que é a análise do impacto regulatório até o momento, seja para consumidores, agentes do setor ou distribuidoras”, afirmou.



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