Ação fiscal verifica ações de recuperação na bacia do Rio Doce

Vistorias em campo da 5ª fase da Operação Watu contaram com uma equipe formada por seis servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

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A 6ª etapa da Operação está prevista para ocorrer entre a última semana de junho e a primeira de julho
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A fiscalização do Governo de Minas Gerais sobre as ações de recuperação das áreas afetadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, deu um novo passo. Neste mês de junho, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) concluiu o relatório da 5ª fase do trabalho fiscalizatório, batizado de Operação Watu. Durante a vistoria realizada em 21 trechos entre o Complexo Minerário de Germano, em Mariana, e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, no município de Rio Doce (Território Vale do Rio Doce) a equipe técnica concluiu que diversos trechos fiscalizados estão estabilizados.

As vistorias em campo da 5ª fase da Operação Watu ocorreram entre os dias 5 e 7 de março deste ano e contaram com uma equipe formada por seis servidores do Sisema. Esta fase teve o intuito de atualizar as informações coletadas nas fiscalizações anteriores e avaliar o avanço e a eficiência das ações tomadas pela Fundação Renova nas áreas consideradas prioritárias e não prioritárias. A vistoria também fez um paralelo entre as condições atuais dos trechos e aquelas encontradas nas fases anteriores da Operação Watu.

Segundo um dos coordenadores da Operação, o analista ambiental da Gerência de Qualidade do Solo e Reabilitação de Áreas Degradas da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Roberto Gomes, cada fase da operação avalia o cumprimento das solicitações da fase anterior. “Nesse caso, foram mensuradas a execução das ações solicitadas à Fundação Renova na 4ª fase da Operação e apontadas as necessidades de novas adequações com base no que foi observado em campo”, afirmou.

“Uma vez que essa etapa de estabilização for vencida, e isso está previsto no Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado pela Samarco com os Governos Federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo, a próxima etapa que a Fundação Renova deve implementar será a recuperação definitiva. Essa etapa inclui, por exemplo, o reflorestamento das áreas atingidas com espécies nativas”, explicou.

A Operação Watu, nome dado pelos indígenas Krenak ao Rio Doce, teve início em novembro de 2016, um ano após o rompimento da barragem. Os resultados de todas as operações podem ser acessados no site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), no endereço https://goo.gl/2tgjD4.  

A 6ª etapa da Operação está prevista para ocorrer entre a última semana de junho e a primeira de julho.

Recuperação da área afetada

A Fundação Renova foi instituída a partir da assinatura do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), em 2 de março, entre a Samarco Mineração e suas acionistas - Vale e BHP Billiton - Governo Federal, Governos do Estado de Minas Gerais e Espírito Santo e outros órgãos governamentais.

O termo define a fundação como ente responsável por elaborar e executar todas as medidas previstas pelos programas socioambientais e socioeconômicos para recuperação dos danos causados, com estrutura própria de governança, fiscalização e controle, visando a tornar mais eficiente a reparação e compensação em decorrência do desastre.

Para acompanhar as ações de monitoramento e fiscalização dos resultados foi instituído, pelos signatários do TTAC, o Comitê Interfederativo (CIF).  O comitê atua como instância externa e independente na interlocução permanente e na definição de prioridades na implementação e execução dos programas e projetos apresentados pela Samarco e pela Fundação Renova.

O CIF definiu a operação de fiscalização ambiental Watu, realizada pelo Sisema, e a Operação Áugias, executada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como mecanismos oficiais de acompanhamento das ações de recuperação realizadas pela Fundação Renova.



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