Prematuridade é a maior causa de mortalidade infantil até os 5 anos de idade
Neste Novembro Roxo, mês dedicado à prematuridade, Maternidade Odete Valadares debate temas como amamentação, método canguru, assistência à gestante, entre outros
O que Napoleão Bonaparte, Charles Darwin, Pablo Picasso, Albert Einstein e Isaac Newton têm em comum? Esses conhecidos nomes da história da humanidade nasceram prematuros ou pré-termo. A prematuridade é assunto de uma programação especial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), neste Novembro Roxo, mês dedicado ao tema.
É considerado prematuro o bebê que nasce antes das 37 semanas de gestação – sendo prematuro moderado ou tardio o bebê nascido entre 31 e 36 semanas e seis dias e prematuro extremo o que nasce entre 24 e 30 semanas de idade gestacional.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, por ano, nascem quase 300 mil prematuros, número que coloca o país na 10º posição no ranking mundial de prematuridade, que é a maior causa de mortalidade infantil até os cinco anos de idade em todo o mundo.
No Brasil, a cada 30 segundos morre um bebê ou criança por complicações relacionadas ao parto prematuro. O nascimento precoce gera grande impacto na vida do bebê e de sua família, além de custos altos para a assistência à saúde.
Na Maternidade Odete Valadares (MOV), da rede Fhemig, uma programação especial foi dedicada às comemorações do Novembro Roxo.
A proposta é levar informação a usuários e servidores sobre o impacto da prematuridade no serviço de saúde, divulgar a importância da maternidade na assistência à gestante de risco e bebê pré-termo, integrar e compartilhar conhecimentos, criar uma rede de boas práticas assistenciais e promover a construção de conhecimentos para um atendimento em excelência.
A programação teve início com uma solenidade realizada no dia 6, com fala de abertura feita pela diretora da unidade, Flávia Ribeiro. Houve ainda palestra sobre humanização no cuidado, com o coaching Ricardo Melo.
No dia 19, a maternidade realizou seu II Seminário da Prematuridade da Maternidade Odete Valadares. Integraram a mesa de abertura do evento a coordenadora de enfermagem da Neonatologia, Renata Assis; a coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa da MOV, Érika Rabelo; a coordenadora do serviço de Neonatologia da MOV, Ângela Soares; e o gerente estratégico da MOV, Cristiano Lopes – representando a direção da unidade.
Temas como amamentação de prematuros, procedimentos de intervenção precoce, método canguru, benefícios do banho de balde, cuidados na assistência à gestante de risco, exames de imagem determinantes no parto prematuro e cuidados paliativos em neonatologia foram apresentados e debatidos pelos participantes.
A neonatologista e coordenadora da Unidade de Tratamento Intermediário (UTIN) da MOV, Silra Borges, explica que a prematuridade constitui um maior risco para adoecimento, tanto na vida neonatal, quanto na infância e vida adulta.
“Os prejuízos que a prematuridade traz extrapolam as questões cognitivas e comportamentais. É, de fato, um problema de saúde pública. Entre os prematuros, temos 59% de casos de prematuridade espontânea – os casos que não conseguimos prevenir. E o restante (41%) são de prematuros provocados”, diz Silra
Segundo a neonatologista, entre os principais desafios estão os de identificar a sobrevida do bebê, minimizar as complicações de curto prazo e evitar as complicações de longo prazo, para permitir que recém-nascido e família tenham uma boa qualidade de vida.
No dia 30, o encerramento das atividades pelo Novembro Roxo na MOV inclui uma homenagem aos servidores, além de confraternização com usuários do serviço, no auditório da unidade, às 16h.