Pimentel destaca luta pela democracia e compromisso com o desenvolvimento do país durante entrega da Medalha JK

Governador presidiu, em Diamantina, cerimônia de entrega da comenda e destacou o legado do ex-presidente para o Brasil e as gerações que o sucederam

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Para Fernando Pimentel, a trajetória de JK na luta pela democracia se reflete no atual momento vivido no país
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A história de luta pela democracia e o compromisso com o desenvolvimento do Brasil de Juscelino Kubitschek foram destacados pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, nesta segunda-feira (12/9) em Diamantina, durante a cerimônia de entrega da 21ª Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, como as principais fontes de inspiração e força para que o povo brasileiro volte a acreditar no país.

“As insígnias do presidente Juscelino Kubitschek simbolizam as mais caras virtudes da vida pública de nosso estado. Em Minas Gerais, combater pela liberdade, construir a paz social, praticar a democracia e ser republicano são essencialmente os valores que definem a nossa maneira de estar no mundo. Nós, mineiros e mineiras, não faltaremos ao Brasil na luta fraterna da nossa gente para a superação das circunstâncias que ora nos desafiam. Conscientes dos nossos deveres, queremos e buscaremos a concretização dos sonhos que jamais deixaremos de sonhar”, disse Pimentel.

O governador ressaltou alguns dos legados que irão desafiar o futuro brasileiro. “Quem contempla, em Diamantina, os resultados produzidos em poucos anos pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, saberá, desde logo, que há um legado a desafiar o nosso futuro. E isso nos faz acreditar ainda mais no Brasil. Daquela pioneira escola de odontologia plantada em Diamantina pelo presidente JK até os campi universitários erguidos pelos presidentes Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) e Dilma Rousseff na vastidão dos dois vales, existe uma linha contínua de compromisso com a educação e com o desenvolvimento, com o combate à pobreza, com o enfrentamento da fome e com a defesa da dignidade da vida”, afirmou.

Para Fernando Pimentel, a trajetória de JK na luta pela democracia se reflete no atual momento vivido no país. “Por sobre abismos do caminho, o caminhar de JK prossegue rumo à democracia e à prosperidade, metas que lhe coroaram os ideais. Esses passos, os dele, nos trazem hoje a uma encruzilhada que não vai nos embaraçar, porque, tal como o presidente diamantinense, persistiremos na fé e na esperança”, ressaltou.

Lembrando do auge da história de JK, perseguido e cassado, sendo impossibilitado de voltar à presidência da República, o governador lamentou as “injustiças” sofridas pelo ex-presidente.

“Ele havia resistido a duas tentativas de golpe em seu governo e, com a grandeza da alma que o caracterizava, havia anistiado os envolvidos nos dois episódios. A nação estava apaziguada quando JK deixou o Palácio do Planalto. Mas, quase às vésperas da sonhada companha presidencial de 1965, quando ele deveria reapresentar-se ao eleitorado nacional, viu-se violentamente afastado da vida pública com a cassação imposta pelo golpe militar de 1964”, relembrou.

Pimentel, no entanto, valorizou os princípios que sempre nortearam a vida pública de JK. “Ninguém cassa a consciência da cidadania. Não há como suspender a história ou escrever cada um de seus capítulos segundo os caprichos do instante. Lucidamente, os fatos se clarificam e se registram no tempo, sobre as circunstâncias do arbítrio que deles quis efemeramente se apropriar. A chamada revolução de 1964 é agora um golpe de Estado, segundo todos os compêndios e enciclopédias e os livros de história. As novas gerações sequer sabem que o movimento golpista chegou a se autodenominar de revolução. Golpe é o que era, assim o curso da história o definiu”.

Mas a história, segundo o governador, “tem a sabedoria de se valer do tempo para reparar as injustiças e desfazer as inverdades”. “As acusações injuriosas então lançadas contra o presidente Juscelino Kubitschek, com o tempo, se transformaram em referências elogiosas ao seu espírito generoso, ao compromisso desenvolvimentista e à audácia de inovar sempre”, defendeu.

A memória deixada por JK também foi lembrada por Fernando Pimentel em seus feitos e obras. Brasília, Diamantina e a Pampulha, em Belo Horizonte, são, atualmente, reconhecidas como patrimônio cultural da humanidade, refletindo a qualidade estética e a força histórica que recobrem esses monumentos. “Eles também consagram a universalidade de espírito de JK. A partir das raízes que soube honrar e preservar, nessa encantadora cidade de diamantes, ele plantou obras única na orla do lago de Belo Horizonte e levantou a capital de todos os brasileiros na solidão devassada do planalto central. O mundo reconhece hoje, nestes três extraordinários feitos que emolduram a vida e obra de JK, as marcas de seu gênio”.

Pimentel reforçou, ainda, o empenho do governo “em recuperar a obra de Oscar Niemeyer em Minas Gerais, de modo a preservar e valorizar uma herança que nos foi deixada pelas ousadas iniciativas de JK” enquanto prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente da República, sempre em parceria com o genial arquiteto de Brasília.

“Guardaremos, assim, a memória de JK e os monumentos que edificou, na certeza de que seu amor ao Brasil e sua fidelidade à democracia são para sempre um patrimônio afetivo, moral, cultural e político dos mineiros e mineiras e de todo o povo brasileiro”, finalizou Pimentel.



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