Governador Fernando Pimentel pede solução “rápida” da União para estados em dificuldades financeiras

Pimentel assegurou que Minas Gerais está aberta ao diálogo, mas não aceitará contrapartidas que possam ferir os direitos dos trabalhadores

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O governador Fernando Pimentel pediu nesta quinta-feira (29/12) ao governo federal uma solução “mais rápida” para ajudar os estados que enfrentam dificuldades financeiras graves, mas garantiu que Minas Gerais não aceitará imposições que “possam ferir os direitos dos servidores públicos ou prejudicar o serviço público”. As declarações do governador referem-se ao veto do presidente Michel Temer ao projeto que previa a recuperação fiscal dos estados, principalmente os que estão em situação de emergência, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Temer vetou o projeto depois que a Câmara dos Deputados retirou as contrapartidas exigidas pelo governo federal para liberar a ajuda, como congelamento de gastos e aumento das contribuições previdenciárias dos servidores.

Pimentel lembrou que Minas Gerais vem trabalhando desde o início da atual gestão para sanear as contas públicas. “Eu creio que o governo federal ainda não percebeu a gravidade da crise nos estados. E estou falando de todos os estados. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão piores, Minas Gerais não está tão grave. Estamos trabalhando desde o início desta gestão para corrigir erros passados, que deixaram o Estado praticamente em situação de insolvência. Estamos corrigindo aos poucos. Agora, o governo federal parece que ainda não percebeu a gravidade da situação. É preciso de uma ajuda mais rápida por parte do governo federal para todos os estados”, afirmou.

Segundo o governador, os canais de diálogo com a União continuam abertos. ”Vamos continuar dialogando com o governo federal, com outros governadores, para buscar caminhos que possam ajudar os estados, porém, sem exigências descabidas. Aquilo que fere o direito do servidor público, que vai prejudicar o serviço público, não podemos aceitar. Então, vamos negociar sim, queremos ajudar no ajuste fiscal, até porque é necessário para os estados, mas não vamos aceitar exigências que firam os direitos dos trabalhadores, principalmente porque isso vai acabar prejudicando o serviço público. Vamos trabalhar, vamos continuar dialogando, vamos achar uma saída para esta situação”, garantiu.



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