Fernando Pimentel vistoria reservatório da Copasa na RMBH

Obra de captação de água do Rio Paraopeba, concluída em dezembro de 2015, garantiu o abastecimento para a Região Metropolitana para os próximos anos

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Governador visitou as instalações do Centro de Operação Regional (COR), no Sistema Rio Manso
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O governador Fernando Pimentel vistoriou, nesta sexta-feira (27/1), o reservatório Rio Manso, em Brumadinho, um dos três que compõem o Sistema Paraopeba, responsável por abastecer cerca de metade da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Hoje o reservatório está com 78% de seu volume ocupado. Há pouco mais de um ano, a situação era crítica, com apenas 30% de sua capacidade, e o abastecimento da RMBH corria sério risco de entrar em colapso.

O Governo do Estado e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) concluíram, em dezembro de 2015, as obras de captação de água do Rio Paraopeba para a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema Rio Manso, intervenção fundamental para que a população não sofresse com as consequências de um racionamento. Foram investidos R$ 128,4 milhões na intervenção.

Ao lado da presidente da Copasa, Sinara Meireles, e do diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Perilli, o governador visitou as instalações do Centro de Operação Regional (COR), no Sistema Rio Manso. Do COR é possível comandar qualquer equipamento das unidades do Sistema Rio Manso, como o acionamento dos conjuntos moto-bombas da captação do Rio Paraopeba. A comunicação entre as diversas unidades e o COR se dá prioritariamente por fibra óptica. Se houver problema com a fibra, um link de rádio assume automaticamente.

“Eu fiquei extremamente satisfeito porque nós estamos com um nível de água mais do que suficiente para garantir o abastecimento da Região Metropolitana, não somente esse ano, estou falando de uma perspectiva de dez, doze, quinze anos. E isso se deve à obra de captação que a gente fez a partir de junho de 2015 e ficou pronta no final de 2015. A operação dessa nova estação de captação do Rio Paraopeba garantiu que a gente chegasse hoje a essa condição. Felizmente, nós conseguimos intervir na hora certa. Fizemos a obra adequada. A crise financeira já existia, mas a gente soube contornar porque essa era uma prioridade do Governo do Estado”, explicou o governador.

Fernando Pimentel descartou qualquer risco de racionamento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Eu acho que a Copasa trabalhou muito bem e o resultado está aqui à vista de todos. Este ano, nós estamos com 78% de capacidade. Nós estamos captando água no Rio Paraopeba em quantidade suficiente para abastecer a Região Metropolitana sem ter que usar esse reservatório que ficou, de fato, como uma capacidade adicional que garante que a gente não vai passar aperto, não vai ter necessidade de racionamento de água”.

Apesar do cenário positivo, Pimentel destacou a necessidade do consumo consciente da água. “Não obstante a essa situação confortável, a Copasa vai continuar com campanhas educativas para mudar o padrão de consumo. A água é um recurso escasso, não pode ser desperdiçada. Embora a gente possa dar essa tranquilidade à população, nós temos que insistir que as pessoas façam o uso inteligente desse recurso, que é o mais escasso e mais importante do mundo”, finalizou.

Recuperação

A presidente da Copasa, Sinara Meireles, comemorou o sucesso da intervenção, que garantiu a recuperação dos níveis dos reservatórios que atendem à RMBH. “O reservatório do Sistema Rio Manso está com 78% do volume ocupado. Isso significa uma recuperação bastante expressiva com relação ao que a gente tinha no ano passado, que era perto de 48% e, em 2015, que chegou a 44%. Então, 78% é um número bastante satisfatório para todo o sistema e isso se deve à possibilidade de deixarmos de extrair parte da água desse reservatório ao utilizar a água que vem captada diretamente do Rio Paraopeba”, disse.

Sinara explicou ainda que apesar das chuvas terem contribuído para o aumento do volume das águas, somente isso não seria suficiente para garantir o abastecimento para a população. “Uma parte da recuperação do sistema está relacionado às chuvas. Mas as chuvas foram, ainda, muito abaixo da média, tanto no ano de 2016 quanto em 2015. Então, foi absolutamente acertada a decisão técnica de construir uma captação alternativa em outro manancial porque neste mês de janeiro de 2017 já temos a perspectiva de que as chuvas vão ficar em um terço da média histórica que se observava no período. Portanto, se dependêssemos apenas do regime de chuvas nós não estaríamos nessa situação”, afirmou a presidente da Copasa.

A obra

Com recursos de R$ 128,4 milhões, aportados pelo Governo do Estado, a captação é um aditivo da obra de ampliação do Sistema Produtor Rio Manso. A proximidade do Rio Paraopeba com o Sistema Rio Manso, a vazão disponível no curso de água e o aproveitamento das estruturas de tratamento existentes na ETA do Rio Manso tornaram viável a intervenção.

Na ETA do Rio Manso, antes de ser distribuída para a população, a água passa pelos processos de coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração e fluoretação. O completo tratamento atende aos parâmetros preconizados pela Portaria 2.914, de 2011, do Ministério da Saúde e garante água de qualidade para a população da RMBH.

Em pouco mais de um ano em operação, a captação no Rio Paraopeba permitiu que fossem poupados 79,5 bilhões de litros de água no reservatório do Rio Manso, volume superior ao total de água acumulada nos três reservatórios do Sistema Paraopeba (Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores) em 21 de dezembro de 2015, quando 62 bilhões de litros de água estavam reservados. Naquela data, o Sistema Paraopeba operava com 22,5% de sua capacidade. Hoje, passados um ano e um mês do início da captação, o nível de ocupação do Sistema Paraopeba é de 62,8% e o volume armazenado é de 173 bilhões de litros de água.

As intervenções da obra de captação do Rio Paraopeba começaram em 12 de junho de 2015. Em 21 de dezembro do mesmo ano, a captação entrou em operação, com capacidade de bombear até 5.000 litros de água por segundo para a ETA do Rio Manso, transportados por meio de 6.500 metros de tubulações de aço com diâmetro de 1,5 metro.

Também participaram da visita técnica ao reservatório da Região Metropolitana da Copasa os secretários de Estado de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares, e de Casa Civil e Relações Institucionais, Marco Antônio Teixeira. 



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