Fernando Pimentel determina revitalização da Fazenda Boa Esperança em parceria com o Inhotim

Governador também assinou despacho para continuidade do programa “Escola vai ao Museu”

imagem de destaque
O governador Fernando Pimentel e a secretária de Educação, Macaé Evaristo, com alunos da rede estadual, que poderão participar de atividades no Instituto Inhotim
  • ícone de compartilhamento

O governador Fernando Pimentel assinou na tarde desta quarta-feira (29/6), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, três despachos voltados à valorização da cultura, da educação e do patrimônio histórico de Minas Gerais. O primeiro determinou a continuidade do programa Escola vai ao Museu, que no ano passado levou ao Instituto Inhotim, em Brumadinho (Território Metropolitano), 5 mil professores e 800 alunos da rede estadual de ensino. O segundo garantiu o desenvolvimento de estudos técnicos para ocupação da Fazenda Boa Esperança, em Belo Vale (também Território Metropolitano). A fazenda é tombada pelos governos federal e estadual - e é propriedade do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). O terceiro estabeleceu a realização de estudos e implementação de ações de revitalização da fazenda. Todas as iniciativas terão a parceria do Instituto Inhotim. A Prefeitura de Belo Vale também será parceira nas ações relativas à Fazenda Boa Esperança.

Para o governador, a requalificação da Fazenda Boa Esperança é uma forma de torná-la “peça útil ao acervo cultural” de Minas Gerais. “O Vale do Paraopeba, com o Inhotim numa ponta e a Fazenda Boa Esperança na outra, é exatamente a ponte entre o século 18 e o século 21. A fazenda, que é do século 18, foi tombada como patrimônio nacional em 1959 e, desde então, nada ou quase nada foi feito para preservá-la e incorporá-la ao patrimônio de Minas Gerais. Agora, vamos tornar isso possível. A fazenda vai ser revitalizada, reformada, o projeto já está em andamento, e o Instituto Inhotim vai tomar conta para nós, junto com a prefeitura”, afirmou.

O projeto para ocupação da fazenda será feito pelo Iepha-MG e o Instituto Inhotim. Esses estudos compõem o “Refazenda - Projeto para Revitalização da Fazenda Boa Esperança”, e contemplam ações integradas de plano de gestão, ocupação artística, educação patrimonial e relacionamento com a comunidade de Belo Vale. O objetivo é potencializar geração de renda para a região e as atividades educativas e sociais, de forma a inserir as comunidades quilombolas do entorno no projeto de sustentabilidade da Boa Esperança. A estimativa de investimento é de R$ 1,6 milhão. Em agosto, o Iepha-MG vai publicar edital de licitação para a recuperação da fazenda. O custo estimado é de R$ 2,34 milhões. Serão executadas obras de restauração arquitetônica e de instalações complementares da sede, além de criar infraestrutura para ampliar as possibilidades de uso.

Presente ao evento, o secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Helvécio Magalhães, afirmou que o trabalho conjunto entre prefeituras e a sociedade civil para dar resultados à população mineira é uma orientação do governador. “Esse conjunto de despachos do governador tem uma relevância muito grande para o governo. Primeiro, a concretização do apoio ao Instituto Inhotim, que é uma referência mundial. Segundo, é uma parceria com o instituto e a prefeitura de Belo Vale para revitalizar uma das principais fazendas históricas de Minas Gerais. A parceria tornará a Fazenda Boa Esperança e seu acervo uma área de visitação, com obras do Inhotim e preservação da reserva florestal”, completou.

A presidente do Iepha, Michele Arroyo, explica que a Fazenda Boa Esperança nunca teve um uso efetivo em Minas Gerais e que os investimentos que serão feitos têm como objetivo definir uma maneira de utilizar o espaço dando novo uso a ele. “Essa fazenda é muito importante porque ela é uma representação da própria história de Minas Gerais nessa região. Do ponto de vista arquitetônico é uma fazenda que tem um estilo bastante singular e ela é propriedade do governo do Estado desde 1974. A gente encontrou ela numa situação bastante complexa, tivemos que iniciar obras emergenciais”, justificou.

Escolas

Outro tema destacado por Pimentel durante o evento foi o programa Escola vai ao Museu que, segundo o governador, é fundamental para alavancar o processo de crescimento e formação das crianças e dos jovens no Estado. “Com a doação do acervo do Instituto Inhotim para a Fundação Inhotim, foi possível eternizar a obra de Bernardo Paz (criador do espaço cultural). O programa Escola vai ao Museu coloca as crianças naquela que é a finalidade última do acervo do Inhotim: nossos alunos terão a vivência, contato com a arte, história e cultura - coisa que a escola, sozinha, não conseguiria proporcionar”, afirmou. O programa é realizado em parceria entre a Secretaria de Estado de Educação e o Instituto Inhotim. O objetivo é incentivar alunos da rede pública e qualificar educadores para promoção e utilização dos acervos artísticos e botânicos e dos recursos pedagógicos desse museu.

Para o presidente do Instituto Inhotim, Bernardo Paz, é gratificante receber os alunos e educadores no espaço cultural. “Fico muito feliz por conseguir levar essas crianças e professores pra lá. O governador me disse que o Estado poderia ajudar o Inhotim, desde que ele fosse do povo. Então, resolvi doar o acervo para a fundação”, afirmou. Também participaram do ato o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, a secretária de Educação, Macaé Evaristo, o prefeito de Belo Vale, José Lapa dos Santos, estudantes e integrantes da área da cultura.



Últimas