Pronunciamento do governador durante entrega de veículos para a saúde e lançamento de linha de crédito para hospitais filantrópicos

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Peço licença para saudar pessoas importantes, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes, a quem eu saúdo não só a presença, mas também a parceria permanente do Legislativo estadual com o nosso Governo. Saúdo também nossa bancada federal presente aqui, e destaco a importância do trabalho dos nossos parlamentares federais que, independentemente de partido político e filiação partidária, têm feito em Brasília a favor do Estado de Minas Gerai. Sem eles, certamente a administração do Estado seria muito mais difícil do que ela é, e ela já é difícil, seria muito pior. Da mesma forma quero saudar com carinho todos os deputados estaduais presentes.

Essa presença maciça de deputados estaduais e federais nessa cerimonia fala mais alto do que qualquer possível suspeita de que a gente tenha alguma dificuldade com o Legislativo. Não temos nenhuma. Se alguma dificuldade existe é nossa mesmo, não culpem o Legislativo. Ele tem nos ajudado e muito na difícil tarefa de governar Minas Gerais. Quero saudar com muito carinho os prefeitos que estão aqui, secretários de Estado, entre outras lideranças.

Queria dizer duas coisas aqui. Conversava com o Adalclever e acho importante chamar atenção para um fato. Com essa entrega de veículos que fizemos aqui hoje, estamos totalizando quase 700 veículos entregues para 466 municípios. Já alcançamos, e eu fui ao interior várias vezes fazer essa entrega, mais da metade dos municípios mineiros. Quando digo município digo prefeitura e em muitos casos associações filantrópicas, Apaes, sociedades que nos ajudam no atendimento à saúde.

Essas entregas, todas elas, são frutos de emendas parlamentares, e é por isso que os deputados estão aqui. E a emenda parlamentar, que às vezes é criticada por determinados analistas, jornalistas, é muito importante para os municípios, e não só para Minas Gerais não, no Brasil inteiro é assim.

É a forma correta de fazer política. O deputado tem um direito de indicar uma emenda, ele indica a emenda para atender uma demanda da comunidade e o Estado atende aquela demanda, como nós estamos fazendo aqui agora, completando, portanto, o trabalho perfeito de integração entre o Legislativo e Executivo, e atendendo à comunidade.

Então, a emenda parlamentar é muito importante. Por isso que a gente se desdobra com dificuldades como nós temos hoje, uma dificuldade orçamentária enorme. O déficit do Estado para esse ano é quase nove bilhões de reais. Nós estamos nos desdobrando para atender aos parlamentares estaduais e federais nas suas indicações de emendas porque sabemos que essas emendas são de fato fruto de demandas efetivas, reais e necessárias de cada comunidade.

Então, é um esclarecimento importante a ser feito na manhã de hoje. Nós vivemos no Brasil, e nesses últimos tempos, um momento de muitas críticas à atividade política em geral, e eu vejo isso com muita preocupação. Criticar o que está incorreto, claro, devemos fazê-lo. Procurar apurar responsabilidades naquilo que foi feito de forma errada, equivocada, claro, essa é uma obrigação de todos.

Mas vamos preservar a política enquanto atividade pública voltada para o bem comum naquilo que é correto. E hoje aqui nós estamos dando uma demonstração de que quando feita de forma correta, efetiva, democrática, republicana, transparente, a política produz bons resultados para a nossa sociedade e para aqueles que nós representamos.

O segundo ato da manhã de hoje vai na mesma direção. Nós assinamos aqui e estamos lançando um programa, uma criação de uma linha de crédito para os hospitais filantrópicos do Estado de 100 milhões de reais. É uma linha que não existia antes. Aliás, nós tivemos muita dificuldade, eu ainda era ministro nessa época, quando trabalhamos em Brasília, para que a Caixa Econômica retomasse o financiamento das Santas Casas e isso foi fundamental para salvar o Sistema Único de Saúde (SUS).

O SUS no Brasil depende fundamentalmente dos hospitais filantrópicos. Em Minas Gerais, mais da metade do atendimento é feito pelos hospitais filantrópicos. O Dr Helvécio (secretário de Estado de Planejamento e Gestão) e o Fausto (secretário de Estado de Saúde), na época, estavam no Ministério da Saúde e nós trabalhamos juntos para que isso fosse recuperado pela Caixa Econômica e com isso possibilitasse a recuperação das Santas Casas.

E agora no Governo do Estado, seguindo essa linha correta de apoio aos hospitais filantrópicos, nós estamos lançando o programa de 100 milhões de reais de ajuda aos hospitais no interior do Estado. O “Chico” (Francisco Figueiredo, presidente da Federassantas) sabe disso, os prefeitos e prefeitas sabem, mas às vezes essa informação não checa de forma adequada para a população. Os hospitais filantrópicos são importantíssimos. Nós temos que ser parceiros deles a todo momento.

Então, dois atos singelos na manhã de hoje que mostram que Minas Gerais tem um caminho para enfrentar as dificuldades. O momento é difícil? É. Tem dificuldades financeiras? Tem. Tem críticas generalizadas à atividade política? Tem. Como é que nós respondemos a isso? Fazendo o que nós fizemos aqui hoje, trabalhando com empenho, com dedicação, seriedade, com humildade para reconhecer as nossas deficiências, falhas, fraquezas. Não adianta prometer aquilo que não vai dar conta de cumprir. Um Estado que tem um déficit de quase 10 bilhões de reais, o governador não pode sair prometendo aquilo que ele não dá conta de cumprir. E em vez de prometer realmente enfrentar o problema fazendo o que é possível.

Estamos, portanto, cumprindo o nosso compromisso com as emendas parlamentares, os deputados que estão aqui são testemunha desse esforço, e atendendo aos prefeitos e às prefeitas, que são aqueles agentes públicos mais perto da população, para resolver os problemas da população de Minas Gerais. Governar é resolver problemas. Não é inventar um problema um pro outro não, não é brigar em vão, em brigas partidárias que não levam a nada. Governar é identificar, diagnosticar e lutar para resolver os problemas. Então, com muita humildade mas também com muito orgulho vamos celebrar o que nós estamos fazendo hoje, na linha correta para Minas Gerais e para o Brasil.


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