Entrevista da secretária Macaé Evaristo durante assinatura de acordo com a Educação (Parte 1)

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Eu acho que tem um consenso da sociedade brasileira de que a educação pública precisa melhorar porque é essa educação que atende mais de 80% da população brasileira. E sempre dizem que a gente não consegue melhorar a educação se a gente também não valorizar o profissional que atua, porque se o aluno é a centralidade da educação, o professor, com certeza, é o outro elemento mais importante nessa equação. Então, eu penso que um acordo com a categoria, e nós investimos nisso, porque queremos sinalizar com um tempo em que as escolas mineiras vão poder se dedicar mais às questões pedagógicas. Então eu acho muito importante que a gente avance nas discussões de piso, carreira e salário, mas fundamentalmente, porque a gente precisa avançar no debate da centralidade dos estudantes, dos currículos, dos projetos pedagógicos.

E o impacto financeiro até 2017?

O impacto é elevado, vocês vão ver nos próximos anos. Além da correção em função do piso, uma outra questão que nós vamos fazer e que será muito importante para Minas Gerais é garantir um quadro mais estável nas escolas, por isso essa política de nomeação, se chegarmos até o final do governo com 60 mil profissionais nomeados, nós vamos inverter uma lógica que hoje é de 1/3 de profissionais nomeados para 2/3 com vínculo frágil, para uma situação de chegarmos a 2/3 de profissionais estáveis, concursados dentro das nossas escolas. Esse impacto a gente ainda não pode dimensionar porque já está no acordo que, havendo alteração no piso nacional, nós também teremos esse reajuste. Mas, sem sombra de dúvida, o esforço que o Governo de Minas fará nos próximos quatro anos não tem comparação na história de Minas Gerais.

Na atual conjuntura, qual é a projeção?

13 bilhões, mas é uma conta inicial.

E os impactos na educação, na prática, são professores mais motivados, menor rotatividade na carreira?

Professores mais motivados, com certeza. Uma relação digna, nós queremos que as pessoas sejam tratadas com dignidade, que todos os nossos estudantes sejam tratados com dignidade, e acho que esse é um exemplo também. A forma de estabelecer a relação é também uma forma que a gente quer mandar uma mensagem de que nós podemos nos comportar. Mesmo tendo divergências, de uma maneira democrática e respeitosa e que compreenda diferentes pontos de vista, isso também é um conceito educativo que estamos trazendo para as nossas escolas. E com certeza nós queremos a melhoria da aprendizagem. Nós temos que avançar muito, temos um desafio no nosso Estado que são os jovens de 15 a 17 anos. Nós temos hoje 40% desses jovens que ainda estão no ensino fundamental, melhorar o ensino médio é um aspecto importante e nós temos certeza de que a gente terá professores mais engajados na reconstrução da educação do nosso Estado.


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